segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O verdadeiro "discurso do Rei"



Nesta hora grave, talvez a mais decisiva da História, envio a todas as famílias dos meus povos, tanto aqui como no estrangeiro, esta mensagem, dita com a mesma profundidade de sentimentos para cada um de vocês como se eu fosse capaz de atravessar a soleira da vossa porta e falar convosco pessoalmente.

Pela segunda vez na vida da maioria de nós, estamos em guerra.

Repetidamente tentámos encontrar uma forma pacífica para resolver as diferenças entre nós e aqueles que agora são nossos inimigos, mas foi em vão.

Fomos forçados a um conflito, para o qual somos chamados com nossos aliados, para enfrentar o desafio de um princípio que, se vencesse, seria fatal para qualquer ordem civilizada do mundo.

É um princípio que permite a um Estado, na sua busca egoísta de Poder, ignorar os seus tratados e compromissos solenes, que sanciona o uso da força ou ameaça de força contra a soberania e a independência de outros Estados.

Tal princípio, despojado de todo o disfarce, é seguramente a mera doutrina primitiva de que a Força é o Direito, e se esse princípio fosse estabelecido através do mundo a liberdade do nosso país e de toda a Commonwealht estariam em perigo.

Mas, muito mais do que isso, os povos do mundo seriam mantidas cativos pelo medo e seriam abolidas todas as esperanças de paz e de segurança, de justiça e liberdade, entre as nações.

Esta é a questão principal que nos confronta. Por tudo o que defendemos, e da ordem e da paz mundiais, é impensável que recusemos enfrentar este desafio.

É para este elevado propósito que agora chamo o meu povo em casa e os meus povos através dos mares, que deles farão a sua causa própria.

Peço-lhes para ficarem calmos e firmes e unidos neste momento de provação.

A tarefa será difícil. Pode haver dias negros pela frente, a guerra já não pode ser confinada aos campos de batalha, mas só podemos fazer o Bem como o vemos, e reverentemente comprometer a nossa causa a Deus. Se todos e cada um nós nos mantivermos resolutamente fieis a essa causa, prontos para qualquer serviço ou sacrifício que pode exigir, então, com a ajuda de Deus, venceremos.

Que Ele nos abençoe e proteja.

1 comentário:

  1. Olá Joao Pedro, creio que a tradução sua seja realmente mais correta que a do livro. Acabei de ler ele ontem e irei postar sobre ele tambem no meu blog...comente lá.

    http://jezeagner.blogspot.com/

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