terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dando uma no cravo e outra na ferradura dão-se pelo menos duas

Há várias maneiras de olhar para o rompimento da Ruptura/FER com o Bloco de Esquerda. Poderemos sempre dizer – talvez injustamente – que nas tempestades os ratinhos são sempre os primeiro a abandonar o barco. Mas entretanto soube, pela crónica desta manhã do Fernando Alves na TSF, que afinal os ratos são altruístas - sendo que assim estaria a ser injusto para os pobres ratos. Difícil escolha.

Regressemos então ao que nos parece definitavamente consolidado no pensamento nacional – dar uma no cravo e outra na ferradura. A experiência e aproximadamente 27 segundos de reflexão continuada dizem-me que o exagero das qualidades humanas acaba muitas vezes por redundar em defeitos. Dito de outra forma: os defeitos humanos são muitas vezes as qualidades levadas ao exagero.

Da coragem (uma qualidade) à burrice (um defeito) pode ir um passinho de hamster. Pode ser que, rompendo com o BE, a Ruptura/FER não esteja senão afinal a ser corajosa, assumindo que já não tem nada que ver com o partido e indo à sua vida, formando um novo partindo, arriscando ir a votos; mas pode ser também que depois, indo a votos, se confronte não só com o seu presente mas também com aquilo que sempre foi: algo de profundamente irrelevante.

Prognósticos...enfim...já sabem.

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